BRT de Curitiba (O primeiro sistema BRT)
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Mobilidade Urbana: Modais de transportes públicos
No Brasil e no
mundo um dos grandes desafios das cidades no século XXI será a mobilidade
urbana, principalmente no que se refere aos transportes de massa, uma vez que a
era dos automóveis particulares já provou está no seu fim, com as ruas cada vez
mais caóticas e a qualidade de vida em queda, nas cidades grandes e médias
mundo a fora, busca-se novas alternativas de locomoção urbana, e alternativas
não faltam, nesta publicação dividirei os diferentes modais de transportes
públicos urbanos entre os sob pneus e os sob trilhos, indo dos mais baratos até
aos mais caros e dispendiosos em se tratando de implantação.
v SOB PNEUS
BRS – Bus Rapid Service (Serviço Rápido por ônibus)
O BRS, também
conhecido como corredor exclusivo, é de longe o modal mais barato, rápido e em
alguns casos mais eficiente para melhorar a mobilidade urbana, eles são
constituídos por corredores exclusivos de ônibus convencionais, sinalizados de
modo vertical e horizontal, sendo simplesmente separado das demais pistas por
uma faixa azul horizontal contínua e tachões, onde são permitidos apenas ônibus
de transporte público e táxis, todos os demais veículos ficam proibidos e
sujeitos a multa.
BRT – Bus Rapid Transit (Transporte
rápido por ônibus)
BRT de Curitiba (Primeiro do Brasil e do mundo) |
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2 a 20 mil passageiros por hora por sentido.
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20 km/h a 30 km/h.
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R$ 17 milhões a R$ 26 milhões por km construído.
O BRT é um sistema
de transporte coletivo de passageiros caracterizado por corredores exclusivos e
segregados, isto é, com barreiras físicas entre o corredor de ônibus e as
demais pistas, é bem mais complexo que o BRS, pois envolve ônibus articulados,
movidos por eletricidade, diesel ou biocombustíveis, deverá ter estações de
embarque e desembarque rápido de passageiros, o BRT também envolve todo um
reordenamento da lógica das linhas de ônibus que irão alimentá-lo e exige um
moderno sistema de bilhetagem, uma vez que aqui, os ônibus não tem cobradores.
É um sistema que tem se expandido rapidamente e sido implantado em dezenas de
cidades ao redor do mundo.
VLP – Veículo Leve Sob Pneus
VLP na França |
O VLP, é um modal ainda pouco difundido, mas que já desperta grande
interesse, é um sistema intermediário entre o BRT e o VLT (veremos a seguir),
porém mais barato, pouco conhecido no Brasil, o VLP é uma composição com
motorização elétrica que roda sobre pneus e é guiada por um trilho central que
fica sob o pavimento. Ele apresenta diversas vantagens como maior facilidade em
subidas, menor ruído, consequentemente menor poluição sonora e maior
acessibilidade.
v SOB TRILHOS
VLT – Veículo Leve sob Trilhos
VLT Carioca (RJ) Inaugurado para as olimpíadas de 2016 Foto: Arthur Moura |
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10 a 45 mil passageiros por hora por sentido.
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20 km/h a 30 km/h.
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R$ 62 milhões a R$ 79 milhões por km construído
O VLT, ou
light rail, é uma espécie de trem urbano e suburbano de passageiros, cujo
equipamento e infraestrutura é tipicamente mais “leve” que de um metrô, e pode
ser considerado como o “neto” dos antigos bondinhos, que desapareceram das
cidades brasileiras em meados do século XX, sua característica é de estar na
superfície e alternar entre pistas segregadas ou compartilhadas com os demais
veículos, e cruza vias de tráfego, não necessita de túneis ou outras
infraestruturas pesadas como um metrô. Cada vez mais utilizado em diversas
metrópoles globais.
METRÔ – Metropolitano
Metrô de São Paulo (Primeiro do Brasil) |
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60 mil a 80 mil passageiros por hora
por sentido.
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30 Km/h a 40 km/h.
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R$ 100 milhões a R$ 300 milhões por
km construído.
A definição recente de metrô é muitas
vezes confundida com outros meios de transporte do gênero, pelo que foram
estabelecidas três condições fundamentais que o caracterizam: Ser um sistema de
transporte urbano elétrico; ser independente do restante do tráfego (circulação
em sítio próprio, geralmente subterrâneo), ou seja, totalmente segregado; ser frequente, ou
seja, com tempo de espera do próximo comboio reduzido. Para ser considerado
metrô não necessariamente tem que ser subterrâneo, já que as suas linhas podem
ser subterrâneas, terrestres ou elevadas. Apesar de o mais comum ser
o subterrâneo, as características da linha dependem muito da topografia do
terreno, isso varia de linha para linha, e de cada sistema de metrô.
Mais importante do
que adotar um desses sistemas ou mesmo todos juntos é operacionalizá-los com
eficiência e bom planejamento, de modo que as mais diversas modalidades de
transporte público possam se completarem ao invés de rivalizarem. No
Brasil ocorre que a maior parte dos grandes projetos de mobilidade urbana são
focados na construção de grandes vias expressas, marginais, túneis e rodovias
para os carros particulares, enquanto que se o mesmo montante fosse investido
no transporte público de massa, sem dúvida teríamos cidades melhores, com menos
engarrafamentos e melhor mobilidade urbana.
Tabela comparativa entre as três modalidades de transporte |
Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metropolitano
http://www.mobfloripa.com.br/novidades_det.php?codigo=944
http://www.mobilize.org.br/noticias/9611/voce-sabe-o-que-e-o-vlp.html
http://www.mobfloripa.com.br/novidades_det.php?codigo=944
http://www.mobilize.org.br/noticias/9611/voce-sabe-o-que-e-o-vlp.html
Os problemas relacionados à mobilidade urbana, são os que mais permanecem ligados com o tão temido "caos urbano". O sistema BRT,quando desenvolvido adequadamente é bastante eficaz e realmente mostra uma mobilidade urbana organizada e de qualidade.
ResponderExcluirEm macapá, apesar da malha viária ser relativamente pequena em relação a outras capitais, vem apresentando grandes problemas de tráfego. Isso tende a piorar com as modificações feitas na sinalização das principais ruas, que apontam para um caos a curto prazo (falo das vias destinadas somente a ônibus na rua leopoldo machado) pois existem em macapá infinitos mil carros para apenas 1 ônibus, fato que mostrará doravante uma pequena via congestionada (por carros) e uma via vazia (destinada aos onibus)pois o tráfego de ônibus não é intenso.
De um lado teremos motoristas estressados, e do outro uma pista livre, que não poderá ser acessada por carros, somente por ônibus como já foi citado.
Mas isso pode ser mudado, penso eu, se "desafogarem" o transito da rua Leopoldo Machado e investirem nas outras vias que levam a zona sul da cidade e à Rodovia JK, como as ruas, Manoel Eudóxio e Professor Tostes.
Post muito bom que encontrei por acaso procurando no google sobre Urbanização e Industrialização. Abraços ... seguido. Te listei no meu blogger, se quiser fazer o mesmo sinta-se a vontade.