quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Mobilidade Urbana:Modais de transporte público



BRT de Curitiba (O primeiro sistema BRT)
Mobilidade Urbana: Modais de transportes públicos

No Brasil e no mundo um dos grandes desafios das cidades no século XXI será a mobilidade urbana, principalmente no que se refere aos transportes de massa, uma vez que a era dos automóveis particulares já provou está no seu fim, com as ruas cada vez mais caóticas e a qualidade de vida em queda, nas cidades grandes e médias mundo a fora, busca-se novas alternativas de locomoção urbana, e alternativas não faltam, nesta publicação dividirei os diferentes modais de transportes públicos urbanos entre os sob pneus e os sob trilhos, indo dos mais baratos até aos mais caros e dispendiosos em se tratando de implantação.

v  SOB PNEUS

BRS – Bus Rapid Service (Serviço Rápido por ônibus)
 
Sistema BRS
O BRS, também conhecido como corredor exclusivo, é de longe o modal mais barato, rápido e em alguns casos mais eficiente para melhorar a mobilidade urbana, eles são constituídos por corredores exclusivos de ônibus convencionais, sinalizados de modo vertical e horizontal, sendo simplesmente separado das demais pistas por uma faixa azul horizontal contínua e tachões, onde são permitidos apenas ônibus de transporte público e táxis, todos os demais veículos ficam proibidos e sujeitos a multa.


BRT – Bus Rapid Transit (Transporte rápido por ônibus)

    BRT de Curitiba (Primeiro do Brasil e do mundo)


·         2 a 20 mil passageiros por hora por sentido.
·         20 km/h a 30 km/h.
·         R$ 17 milhões a R$ 26 milhões por km construído.

O BRT é um sistema de transporte coletivo de passageiros caracterizado por corredores exclusivos e segregados, isto é, com barreiras físicas entre o corredor de ônibus e as demais pistas, é bem mais complexo que o BRS, pois envolve ônibus articulados, movidos por eletricidade, diesel ou biocombustíveis, deverá ter estações de embarque e desembarque rápido de passageiros, o BRT também envolve todo um reordenamento da lógica das linhas de ônibus que irão alimentá-lo e exige um moderno sistema de bilhetagem, uma vez que aqui, os ônibus não tem cobradores. É um sistema que tem se expandido rapidamente e sido implantado em dezenas de cidades ao redor do mundo.

VLP – Veículo Leve Sob Pneus

VLP na França

O VLP, é um modal ainda pouco difundido, mas que já desperta grande interesse, é um sistema intermediário entre o BRT e o VLT (veremos a seguir), porém mais barato, pouco conhecido no Brasil, o VLP é uma composição com motorização elétrica que roda sobre pneus e é guiada por um trilho central que fica sob o pavimento. Ele apresenta diversas vantagens como maior facilidade em subidas, menor ruído, consequentemente menor poluição sonora e maior acessibilidade.

v  SOB TRILHOS

VLT – Veículo Leve sob Trilhos

VLT Carioca (RJ) Inaugurado para as olimpíadas de 2016
Foto: Arthur Moura

·         10 a 45 mil passageiros por hora por sentido.
·         20 km/h a 30 km/h.
·         R$ 62 milhões a R$ 79 milhões por km construído

O VLT, ou light rail, é uma espécie de trem urbano e suburbano de passageiros, cujo equipamento e infraestrutura é tipicamente mais “leve” que de um metrô, e pode ser considerado como o “neto” dos antigos bondinhos, que desapareceram das cidades brasileiras em meados do século XX, sua característica é de estar na superfície e alternar entre pistas segregadas ou compartilhadas com os demais veículos, e cruza vias de tráfego, não necessita de túneis ou outras infraestruturas pesadas como um metrô. Cada vez mais utilizado em diversas metrópoles globais.

METRÔ – Metropolitano
Metrô de São Paulo (Primeiro do Brasil)
·         60 mil a 80 mil passageiros por hora por sentido.
·         30 Km/h a 40 km/h.
·         R$ 100 milhões a R$ 300 milhões por km construído.

A definição recente de metrô é muitas vezes confundida com outros meios de transporte do gênero, pelo que foram estabelecidas três condições fundamentais que o caracterizam: Ser um sistema de transporte urbano elétrico; ser independente do restante do tráfego (circulação em sítio próprio, geralmente subterrâneo), ou seja, totalmente segregado; ser frequente, ou seja, com tempo de espera do próximo comboio reduzido. Para ser considerado metrô não necessariamente tem que ser subterrâneo, já que as suas linhas podem ser subterrâneas, terrestres ou elevadas. Apesar de o mais comum ser o subterrâneo, as características da linha dependem muito da topografia do terreno, isso varia de linha para linha, e de cada sistema de metrô.

Mais importante do que adotar um desses sistemas ou mesmo todos juntos é operacionalizá-los com eficiência e bom planejamento, de modo que as mais diversas modalidades de transporte público possam se completarem ao invés de rivalizarem. No Brasil ocorre que a maior parte dos grandes projetos de mobilidade urbana são focados na construção de grandes vias expressas, marginais, túneis e rodovias para os carros particulares, enquanto que se o mesmo montante fosse investido no transporte público de massa, sem dúvida teríamos cidades melhores, com menos engarrafamentos e melhor mobilidade urbana.


Tabela comparativa entre as três modalidades de transporte

Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metropolitano
http://www.mobfloripa.com.br/novidades_det.php?codigo=944
http://www.mobilize.org.br/noticias/9611/voce-sabe-o-que-e-o-vlp.html 

Um comentário:

  1. Os problemas relacionados à mobilidade urbana, são os que mais permanecem ligados com o tão temido "caos urbano". O sistema BRT,quando desenvolvido adequadamente é bastante eficaz e realmente mostra uma mobilidade urbana organizada e de qualidade.
    Em macapá, apesar da malha viária ser relativamente pequena em relação a outras capitais, vem apresentando grandes problemas de tráfego. Isso tende a piorar com as modificações feitas na sinalização das principais ruas, que apontam para um caos a curto prazo (falo das vias destinadas somente a ônibus na rua leopoldo machado) pois existem em macapá infinitos mil carros para apenas 1 ônibus, fato que mostrará doravante uma pequena via congestionada (por carros) e uma via vazia (destinada aos onibus)pois o tráfego de ônibus não é intenso.
    De um lado teremos motoristas estressados, e do outro uma pista livre, que não poderá ser acessada por carros, somente por ônibus como já foi citado.
    Mas isso pode ser mudado, penso eu, se "desafogarem" o transito da rua Leopoldo Machado e investirem nas outras vias que levam a zona sul da cidade e à Rodovia JK, como as ruas, Manoel Eudóxio e Professor Tostes.
    Post muito bom que encontrei por acaso procurando no google sobre Urbanização e Industrialização. Abraços ... seguido. Te listei no meu blogger, se quiser fazer o mesmo sinta-se a vontade.

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