quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Soluções Viárias



Em toda cidade média ou grande, que tenha uma significativa frota de veículos e um número considerável de usuários do transporte coletivo, deve-se desde cedo começar a se pensar em alternativas para o trânsito e transporte (Soluções viárias). Macapá não foge a regra, capital do estado do Amapá e desde 2003 legalmente junto com a vizinha Santana faz parte de uma RM (Região metropolitana).
Usuários do transporte coletivo

A região metropolitana de Macapá ou “Grande Macapá” concentra nada mais, nada menos que 75% da população do estado. Ambas tem algo em comum, o trânsito cada dia mais caótico e um transporte coletivo que vai de péssimo a desesperador,  primeiramente as duas cidades são ligadas por duas rodovias a Juscelino Kubitscheck e a Duca Serra (Sinceramente  não sei quem é Duca Serra, nem da importância que ela teve para o Amapá ou para o Brasil, o antigo nome Duque de Caxias eu sei bem). Pois bem, a JK é uma rodovia ainda em boas condições, iluminada e de duas pistas uma rodovia digna. Porém a Duca Serra (Ex-Duque de Caxias) é terrível, primeiro que conta com apenas uma pista para um trânsito constantemente carregado, não há sinalização, nem acostamento, e as paradas ao longo da rodovia estão precárias e os acidentes com mortes são rotina.
As maiores aglomerações urbanas da Região Norte

Bilhete único
Outro grande problema na “grande Macapá” é seu transporte coletivo, principalmente o intermunicipal, ônibus velhos, sujos, sucateados, sempre abarrotados de gente e como se não bastassem todos esses problemas o passageiro ainda tem que agüentar a demora, não é difícil esperar na parada uma hora para depois aparecer um ônibus lotado e ele não parar por conta da super lotação, sem mencionar os constantes aumentos de preço. A falta de ônibus no transporte intermunicipal é séria, nem as empresas nem os governantes se atentaram para o fato de que as linhas Macapá-Santana não ligam dois bairros, elas ligam duas cidades, Santana com mais de 100 mil habitantes e Macapá com 400 mil, ou seja, meio milhão de habitantes, e a maior parte deles só dependem do transporte coletivo, boa parte dos santanenses se desloca para Macapá para trabalhar, estudar ou comprar, assim como estudantes de Macapá se deslocam para Santana, caso dos acadêmicos de arquitetura da Unifap.

As possíveis soluções viárias são muitas, algumas caras e dispendiosas, outras nem tanto, porém quando concluídas trarão enormes benefícios aos habitantes da RMM (Região Metropolitana de Macapá) a primeira seria a implantação de um transporte coletivo mais eficiente com ônibus novos, bilhete único e cartão eletrônico, economizando tempo e dinheiro, a criação de corredores de transportes exclusivos para ônibus também seria uma ótima alternativa, e para solucionar os problemas de trânsito na Duca Serra, sua duplicação seria a solução mais urgente, outra melhor ainda é construir uma terceira rodovia entre Macapá e Santana, partindo do fim dos Congós na Claudomiro de Moraes e indo até Santana,  essa rodovia desafogaria o trânsito entre as duas cidades, encurtaria o tempo de viagem pela metade e seria um novo eixo de expansão urbana, para a futura junção das duas cidades.

Em várias cidades do Brasil, até mesmo cidades menores que Macapá, já estão reorganizando seu trânsito, e humanizando seu transporte coletivo, Curitiba por exemplo é modelo para todo o Brasil quando se fala em transporte coletivo, o modelo curitibano de criar miniestações e o passageiro poder pegar vários ônibus com apenas um bilhete e algumas dessas mini estações contam com bancos, ar condicionado e até lanchonetes. 


Até nossa metrópole vizinha Belém, está colocando em pratica um audacioso projeto viário, que prevê uma revolução tanto no trânsito como no transporte coletivo.
Futura Almirante Barroso (Belém)
Futura BR-316 (Belém)

Em fim, um transporte coletivo mais humano e civilizado, chega do Amapá ficar perdendo os passos da história e a margem do progresso, nossos governantes tem que ousar, pensar grande, investir em grandes obras viárias dinheiro ao contrário do que se prega não falta no estado, que é rico, muito rico em minerais, madeira, celulose e com previsão de lucrar com os créditos de carbono, sem mencionar os repasses federais e a população tem que cobrá-los, e perceber que o tempo de cidade pequena e provinciana já acabou há algum tempo.