sexta-feira, 8 de março de 2013

Mulheres na Arquitetura, no Brasil e no mundo


Durante séculos, para não dizer milênios, o ramo das construções foi dominado por homens desde os primórdios, entretanto desde os últimos tempos, acompanhando as mudanças na sociedade contemporânea a mulher tem cada vez mais ocupando lugares de destaque na arquitetura mundial, não somente quantitativamente, mas qualitativamente também. A primeira mulher oficialmente graduada em arquitetura foi à estadunidense Marion Mahony Griffin, a primeira arquiteta graduada pelo MIT em 1894, depois dela centenas de outras mulheres ganharam papeis de destaques, sobretudo por suas criações e inovações para a arquitetura e o urbanismo.

Arquitetas pelo mundo

Marion Mahony Griffin
  (14 de fevereiro de 1871 –
10 de agosto de 1961
)
Mahony casou-se com Walter Burley Griffin. Ele era um arquiteto, e um dos líderes do movimento Prairie School de arquitetura. As perspectivas em aquarela que Marion executou para ilustrar o projeto de Canberra, a nova capital da Austrália, que Walter concebera, foram importantes para assegurar a vitória na competição internacional pelo planejamento da cidade. Em 1914 o casal mudou-se para a Austrália para supervisionar a construção de Canberra. Marion gerenciava o escritório em Sydney e era responsável outros pelos projetos privados do casal. Foram pioneiros no método de construção conhecido como Knitlock. 





Julia Morgan
(20 de Janeiro de 1872 -
02 de Fevereiro de  1957)
Primeira mulher a estudar arquitetura na prestigiada École des Beaux-Arts (Escola de Belas Artes) em Paris e a primeira a trabalhar como arquiteta profissional na Califórnia . Durante sua carreira de 45 anos, Julia Morgan (1872-1957) projetou mais de 700 casas, igrejas, edifícios de escritórios, hospitais, lojas e edifícios educacionais, incluindo o famoso castelo de Hearst.






Zaha Hadid
(Nascimento: 31 de Outubro de 1950)
Nascida em Bagdá, no Iraque, Zaha Hadid, atualmente com 62 anos, foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Pritzker (O mais importante da arquitetura mundial) pelo conjunto de suas obras. Entre as que mais se destacaram estão: Vitra Fire Station, Centro Rosenthal de Arte Contemporânea o Terminal Hoenheim-North & Estacionamento e Bergisel Ski Jump. Zaha é atualmente considerada a versão feminina de Niemeyer, embora ela mesma já tenha assumido que o tem como referência para suas obras, assim como podemos notar traços dele na sua arquitetura.



Kazuyo Sejima
(Nascimento: 1956)
É uma expoente da arquitetura contemporânea e tem desenhado alguns dos trabalhos mais inovadores construídos recentemente ao redor do mundo. Possui uma lista de projetos notáveis, incluindo o New Museum of Contemporary Art, em Nova York, e o Serpentine Pavilion, em Londres, Inglaterra. Ela e seu parceiro, Ryue Nishizawa, compartilharam o Pritzker 2010.





Vitra Fire Station - Zaha Hadid
Zollverein School - Kazuyo Sejima











No Brasil
Muito embora formem-se milhares de arquitetas no Brasil ainda é predominante a presença de homens na arquitetura, e poucas mulheres conseguiram ganhar notoriedade por seus trabalhos, herança de nossa cultura ainda muito machista e patriarcal. No dia das mulheres é necessário, sobretudo refletir sobre essa problemática social no nosso país, uma vez que em média as mulheres ainda ganham menos que os homens para as mesmas tarefas. As arquitetas Brasileiras que conseguiram romper nos últimos anos com o patriarcalismo na arquitetura Brasileira foram Lina Bo Bardi e Rosa Kliass:

Lina Bo Bardi
(5 de Dezembro de 1914 - 20 de Março de 1992)
Lina Bo Bardi foi uma arquiteta modernista ítalo-brasileira, Lina estudou na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma. Ganha certa notoriedade e estabelece escritório próprio, mas durante a II Guerra Mundial enfrenta um período de poucos serviços, chegando a ter o escritório bombardeado. Conhece o escritor e arquiteto Bruno Zevi, com quem funda a revista semanal A cultura della vita. Neste período Lina ingressa no Partido Comunista Italiano e participa da resistência à ocupação alemã. Já no Brasil, Lina desenvolve uma imensa admiração pela cultura popular, sendo esta uma das principais influências de seu trabalho. Sua produção adquire sempre uma dimensão de diálogo entre o Moderno e o Popular. Lina fala em um espaço a ser construído pelas próprias pessoas, um espaço inacabado que seria preenchido pelo uso, pelo uso popular cotidiano. Sua obra mais conhecida é o projeto da sede do Museu de Arte de São Paulo (MASP).


Rosa Kliass
Rosa Grena Kliass formou-se pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) em 1955, tendo estabelecido desde então prática profissional ligada predominantemente à arquitetura paisagística, sendo ganhadora de inúmeros prêmios nesta área. Sagrou-se também como consultora de diversos órgãos estatais, autora de vários trabalhos publicados no país e no exterior. Rosa Kliass é conhecida como "criadora de cartões postais", já que muitas de suas obras Brasil á fora tornaram-se atrações turísticas tais como; Mangal das Garças e Estação das Docas em Belém, Parque das Lagoa e Parque das Esculturas em Salvador, Parque da Juventude em São Paulo e Parque do Forte em Macapá.



Edificio do MASP - Lina Bo Bardi
Parque do Forte (Macapá) - Rosa Kliass
















Referências:
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/10-mulheres-que-marcaram-a-arquitetura-no-mundo#3
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/06.069/4588

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