Ao
longo do tempo diversos projetos arquitetônicos ou de intervenções urbanas foram
pensadas para Macapá, entretanto muitos não saíram do papel, projetos estes de cunho turístico, paisagístico, de planejamento
urbano, econômico e regional, que se fossem todos implementados teriam
resultado em uma outra cidade, muito diferente da atual, uma Macapá que poderia ter sido e não foi.
Projeto Parque do Laguinho - (Imagem: Plano H.J. Cole 1979) |
Neste
momento de reinauguração da Praça Floriano Peixoto, considerada por muitos a
praça mais bonita da capital, seria oportuno falar, de um projeto em
particular, um dos vários idealizados para a cidade que nunca saíram do papel, falo
do Parque do Laguinho, concebido junto com vários outros projetos que englobavam
o Plano H.J Cole de 1979, encomendado pelo então governo do Território Federal
do Amapá. O projeto do Parque do Laguinho abrangeria uma área de 76.000 m², ou
seja, três vezes maior do que a Floriano Peixoto com seus 21.000 m², e ficaria
entre as avenidas Enertino Borges e Nações Unidas e as ruas General Rondon e
São José, no coração do bairro do Laguinho. O projeto, avançadíssimo
para a época, além de priorizar o pedestre contaria com: Anfiteatro natural,
parquinho infantil, lojas, restaurante, mini zoológico, pista de skate, museu
ecológico, área de exposições itinerantes, cine drive-in, boite regatão, além
de estacionamentos e setor administrativo, tendo um imenso lago de 20.000 m²
como ponto central do parque.
Localização atual (Imagem: Google Earth) |
Lago do Laguinho entre os anos 60 ou 70 (Imagem: Blog Porta Retrato Ap) |
Na
época da elaboração do projeto nos anos 70, o lago tinha seu entorno pouco
povoado, entretanto entre os anos 80 e 90, período de grandes transformações
urbanas em Macapá, onde a população da cidade disparou com a chegada de
milhares de pessoas de todo o Brasil, e onde por outro lado, o poder público
não desenvolveu nenhuma política habitacional para acomodar todo esse contingente
que chegava, fez com que o lago fosse rapidamente ocupado e parcialmente
aterrado, encontrando-se hoje densamente habitado, o que fez parte do mesmo
contexto de ocupação das áreas ressacas, resultando no completo esquecimento do
projeto, mais um, dos vários que eram para ter sido e não foram, de uma Macapá
que poderia ter sido e não foi.
Projeto de Arthur Azevedo Henning.Governador antes do comandante Barcelos. Onde está empresa de consultoria arquitetônica do Rio de janeiro . Constituída não somente por arquitetos do Rio. Mas também amapaenses.como dr Mescouto. Dr Homobono. Dr Manuel Dias . Entre outros.O importante destacar que foi um projeto pra todos os municípios.
ResponderExcluirNossa. Quantos "doutores" será que todos tinham doutorado?!
ExcluirEis a questão dos "doutores" sem doutorado.
Excluir